TEMA: AS PROFECIAS ESTÃO SE CUMPRINDO HOJE!
1.3. A presença de Daniel e seus companheiros na corte Babilônica:
- As primeiras experiências (Daniel. 1:1-4).
O exílio de Judá tomou proporções devastadoras. Jerusalém foi destruída, alguns levados como cativos e os demais brutalmente assassinados – “Então disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos que trouxesse alguns dos filhos de Israel, dentre a linhagem real e dos nobres, jovens em quem não houvesse defeito algum, de bela aparência, dotados de sabedoria, inteligência e instrução, e que tivessem capacidade para assistirem no palácio do rei; e que lhes ensinasse as letras e a língua dos caldeus” (Daniel 1: 3-4).
- A educação de Daniel e seus companheiros (Daniel 1: 5-7)
Foi o caso de Daniel e seus amigos, que ao serem escolhidos e levados para a Babilônia, não se contaminaram com as finas iguarias que eram servidas na mesa real. Estes foram, especialmente, treinados e testados para o serviço no palácio do rei. – “E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem alimentados por três anos; para que no fim destes pudessem estar diante do rei. Ora, entre eles se achavam dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias Mas o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abednego” (Daniel 1: 5-7).
1.4. A convicção religiosa de Daniel e de seus companheiros: (Daniel 1:8-16).
- Resolutos nas decisões (Daniel 1: 8-15). O primeiro desafio enfrentado por Daniel e seus amigos os levaram à tomar uma decisão que feria um decreto real, mas por colocarem em primeiro lugar a vontade de Deus, eles optaram por obedecer a voz de sua consciência.
Daniel e seus amigos tiveram por princípio a obediência a Deus, conservando, assim, suas tradições religiosas. Por isso, Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias que eram servidas aos principiantes a eunucos. A decisão de Daniel estava associada à fé e a questões religiosas. Ele não comia carne de animais impuros e nem se servia de comida sacrificada aos ídolos, este costume, normalmente, aceito na Babilônia. Daniel pediu ao chefe dos eunucos para que os alimentassem com legumes – “Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a beber. Então se examine na tua presença o nosso semblante e o dos jovens que comem das iguarias reais; e conforme vires procederás para com os teus servos. Assim ele lhes atendeu o pedido, e os experimentou dez dias”.
- na aparência e na formação (Daniel 1: 16). Confiar em Deus faz a grande diferença. O resultado do teste agradou ao chefe dos eunucos, que passou a alimentá-los até o final da preparação com legumes. Diante dos desafios de nossa fé, precisamos nos opor a tudo que é contrário aos padrões de Deus. O Senhor nos salvou e nos chamou, em santa vocação, para fazermos a diferença diante de nossa geração. O sistema mundano nos constrange a mudanças que violentam as leis de Deus, e nós, como cristãos, somos confrontados a aceitar o que o diabo impõe a nós. A Bíblia nos ensina a resistir aos ataques de satanás, porque assim, ele fugirá de nós – “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4: 7).
1.5. Suas aprovações diante do teste: (Daniel 1: 17-21).
O prazo de preparação havia chegado fim. Daniel e seus amigos foram apresentados ao rei Nabucodonosor, este maravilhado com a presença dos jovens declarou todo o seu encanto com os resultados. Eles eram os mais robustos e os mais sábios dentre os escolhidos; por isso, receberam elogios e foram aprovados pelo rei. A Bíblia declara que eles passaram a assistir diante do rei, e serviram na Babilônia sem ter que negar a fé e a confiança em Deus.
CAPITULO 2
1 Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o sono.
2 Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei.
3 E o rei lhes disse: Tive um sonho, e para saber o sonho está perturbado o meu espírito.
4 Os caldeus disseram ao rei em aramaico: Ó rei, vive eternamente; dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação.
5 Respondeu o rei, e disse aos caldeus: Esta minha palavra é irrevogável se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo;
6 mas se vós me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas, recompensas e grande honra. Portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação.
7 Responderam pela segunda vez: Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a interpretação.
8 Respondeu o rei, e disse: Bem sei eu que vós quereis ganhar tempo; porque vedes que a minha palavra é irrevogável.
9 se não me fizerdes saber o sonho, uma só sentença será a vossa; pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo. Portanto dizei-me o sonho, para que eu saiba que me podeis dar a sua interpretação.
10 Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram: Não há ninguém sobre a terra que possa cumprir a palavra do rei; pois nenhum rei, por grande e poderoso que fosse, tem exigido coisa semelhante de algum mago ou encantador, ou caldeu.
11 A coisa que o rei requer é difícil, e ninguém há que a possa declarar ao rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne mortal.
12 Então o rei muito se irou e enfureceu, e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
13 Saiu, pois, o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a Daniel e aos seus companheiros, para que fossem mortos.
14 Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de Babilônia;
15 pois disse a Arioque, capitão do rei: Por que é o decreto do rei tão urgente? Então Arioque explicou o caso a Daniel.
16 Ao que Daniel se apresentou ao rei e pediu que lhe designasse o prazo, para que desse ao rei a interpretação.
17 Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros,
18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o resto dos sábios de Babilônia.
19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; pelo que Daniel louvou o Deus do céu.
20 Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque são dele a sabedoria e a força.
21 Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos.
22 Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
23 Ó Deus de meus pais, a ti dou graças e louvor porque me deste sabedoria e força; e agora me fizeste saber o que te pedimos; pois nos fizeste saber este assunto do rei.
24 Por isso Daniel foi ter com Arioque, ao qual o rei tinha constituído para matar os sábios de Babilônia; entrou, e disse-lhe assim: Não mates os sábios de Babilônia; introduze-me na presença do rei, e lhe darei a interpretação.
25 Então Arioque depressa introduziu Daniel à presença do rei, e disse-lhe assim: Achei dentre os filhos dos cativos de Judá um homem que fará saber ao rei a interpretação.
26 Respondeu o rei e disse a Daniel, cujo nome era Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação?
27 Respondeu Daniel na presença do rei e disse: O mistério que o rei exigiu, nem sábios, nem encantadores, nem magos, nem adivinhadores lhe podem revelar;
28 mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de suceder nos últimos dias. O teu sonho e as visões que tiveste na tua cama são estas:
29 Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos sobre o que havia de suceder no futuro. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser.
30 E a mim me foi revelado este mistério, não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração.
31 Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
32 A cabeça dessa estátua era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze;
33 as pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
34 Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mãos, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.
35 Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou uma grande montanha, e encheu toda a terra.
36 Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação.
37 Tu, ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força e a glória;
38 e em cuja mão ele entregou os filhos dos homens, onde quer que habitem, os animais do campo e as aves do céu, e te fez reinar sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.
39 Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra.
40 E haverá um quarto reino, forte como ferro, porquanto o ferro esmiúça e quebra tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele quebrantará e esmiuçará.
41 Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.
42 E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.
43 Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão pelo casamento; mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.
44 Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.
45 Porquanto viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que há de suceder no futuro. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.
46 Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem uma oblação e perfumes suaves.
47 Respondeu o rei a Daniel, e disse: Verdadeiramente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios, pois pudeste revelar este mistério.
48 Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador sobre toda a província de Babilônia, como também o fez chefe principal de todos os sábios de Babilônia.
49 A pedido de Daniel, o rei constituiu superintendentes sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na corte do rei.
2. O ENIGMA DO REI DA BABILÔNIA:
No estudo desta divisão profética, vemos como o diabo, inimigo número um do povo de Deus, estrategicamente enfrenta a mocidade cristã, e os demais seguidores do Senhor Todo Poderoso, criador dos céus e da terra, e único Deus verdadeiro, com a finalidade de criar situações que favoreçam os seus objetivos satânicos. A maldade que direta e indiretamente se estabelece, buscando destruir a fé em Deus. Isto feito, ele, o diabo, conseguirá tudo o mais. Entretanto, é bom sabermos de que a mensagem profética é fonte de toda autoridade divina, e que Deus tem o controle de todas as situações em suas mãos.
O grande Imperador Nabucodonosor, que governava o maior império de seus dias, também tem sua vida e seu destino controlado por Deus, pois o Senhor se preocupava com o curso da história da humanidade. Nabucodonosor tem suas armas e seu exército para suas conquistas pessoais; com elas ele havia vencido povos e nações que agora eram regidas pelo seu cetro. Mas, será que isto continuaria assim para sempre?
- Por quanto tempo isso ficaria assim?
- Que duração teria o império fundado por Nabucodonosor?
- O que viria depois?
2.1. Um sonho perturbador:
A Soberania de Deus, a despeito da fragilidade do poderio humano, se estabelece no curso da história da humanidade. No segundo ano de seu reinado (Daniel 2:1), o rei manda chamar os sábios e encantadores para que estes o declarem o sonho que o perturbou na noite anterior (Daniel 2: 2-3) – “Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus, para que declarassem ao rei os seus sonhos; eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei. E o rei lhes disse: Tive um sonho, e para saber o sonho está perturbado o meu espírito”.
2.2. Uns magos e sábios em apuros:
O embaraço dos magos de Nabucodonosor foi tão desconcertante que o rei mandou eliminá-los: (Daniel 2:3-6).
- Não souberam a interpretação do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2: 7-9).
- E apelaram ao bom senso de Nabucodonosor (Daniel 2: 10,11).
2.3. Uma ordem de condenação: Todos os sábios seriam trucidados (Daniel. 2: 12), pois o decreto saiu e devia ser executado (Daniel 2: 13).
2.4. Um jovem salvador se coloca na presença de Arioque. (Daniel 2: 14).
- Ele se chamava Daniel.
- Ele queria saber o motivo da fúria do rei (Dn. 2: 15).
- Ele foi ter com rei (Dn. 2: 16).
- Que coragem! Daniel e sua confiança em Deus (Dn. 2: 17-31).
NOTA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:
- Porque Daniel e seus companheiros não foram com os outros sábios quando se apresentaram pela primeira vez?
- O capítulo 2 começa dizendo que o rei teve o sonho no segundo ano do seu reinado.
- Talvez Daniel não fizesse parte da elite sábia...
- Talvez não tivesse terminado o prazo de três anos...
2.5. Uma visão reveladora salva Daniel e seus companheiros:
2.5.1. O segredo é revelado a Daniel (Dn. 2:19-23).
2.5.2. Daniel na presença do rei (Dn. 2:24-30):
- Daniel foi ter com Arioque (Dn. 2:24).
- Daniel foi introduzido na presença do rei (Dn. 2:25).
- O rei quer saber se Daniel pode interpretar o sonho (Dn. 2:26).
- Vejam o que Daniel respondeu:
- Os sábios deste mundo não podem declarar nem compreender esta visão (Dn. 2: 27). Somente Deus Poderoso, que criou os céus e a terra, pode te revelar ó rei; O Deus único e verdadeiro que revela os mistérios. O Deus Eterno que se revela àqueles que o buscam e o temem (Dn. 2: 28-30).
2.6. Uma revelação histórica:
O Deus da Palavra profética revela o futuro do mundo gentílico. Em seu sonho, Nabucodonosor viu uma estátua humana cuja aparência despertava dois sentimentos opostos um do outro. A estátua era de extraordinário esplendor e ao mesmo tempo terrível. O seu esplendor causava admiração, fascinava quem a contemplasse. Ao mesmo tempo causava espanto e medo. Os homens se orgulham de suas realizações, ficam maravilhados com o esplendor das suas obras e empreendimentos, mas ao mesmo tempo não deixam de sentir certa inquietação, medo e insegurança da vida que escolheram.
2.6.1. Império Babilônico (A Cabeça da estátua – Ouro puro)! “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua...” (Verso 31).
O que ela representa? Qual é a sua interpretação? Representações simbólicas:
A cabeça de ouro (Dn. 2: 32a; 36-38). Representa o Império Babilônico. Os versículos 37,38 revelam para nós de maneira bem clara que a interpretação de Daniel parte de uma revelação de Deus, não é nada pessoal, é divina – “Tu és a cabeça de ouro”, pois Nabucodonosor é o personagem central do império babilônico. O seu governo e autoridade foram providenciados por Deus, Ele o constituiu rei. Isso porque o império babilônico atingiu o seu clímax, com o governo e as conquistas de Nabucodonosor que reinou durante 42 anos.
Antes de ser o Imperador, ele havia governado juntamente com o seu pai Nabopolassar três anos. O seu pai, Nabopolassar, governou a babilônia durante 21 anos, de 625 até 604 a.C. e preparou o terreno sobre o qual seu filho, Nabucodonosor, construiria um império mundial. Na visão de Daniel 7:4, um leão com asas de águia, representa um começo glorioso que terminaria em absolutamente nada, na queda do Império Babilônico no reinado de Belsazar.
Nabucodonosor reinou com total supremacia, e foi um rei extremamente poderoso, pois como chefe de governo, ele exerceu autoridade sobre todos, mesmo sendo um déspota e pretensioso, ele conseguiu hegemonia governamental em quase todo o seu reinado. A sua palavra era a ordem final, entretanto, seu poder e esplendor chegaram ao fim; outro reinado se levantaria em seu lugar, não com o mesmo domínio e nem com a mesma glória.
2.6.2. Império Medo-Persa (O peito e os braços – Prata)
- Representações simbólicas:
- O peito e os braços de prata (Dn. 2: 32b, 39a). Aqui está em destaque o segundo império mundial, constituído com a unificação de Medos e Persas que se aliaram a fim de conquistar a Babilônia.
A história descreve as conquistas destas duas etnias, mas põe ênfase na supremacia dos Persas, pois os mesmos foram mais fortes que os medos. Entretanto, o Império é conhecido como Medo-Persa – Peito e braços. Os dois braços ligados ao peito representam a união de dois povos, unidos com o mesmo objetivo de conquista. A prata simboliza um reinado menos poderoso em comparação com o reinado de Nabucodonosor, representado pela cabeça de ouro. Nem o rei Dario, nem tão pouco o grande rei Ciro, tiveram total supremacia no Império que conquistaram. Os nobres tiveram uma certa influência em suas principais decisões (Daniel 6:9). Em Daniel 7:5 Ciro, o persa é associado a um urso que se levantou sobre um dos lados. Depois que os Medos e os Persas conquistaram a Lídia, o Egito e a Babilônia o império se fortaleceu mais em um de seus lados, os Persas se destacam mais.
2.6.3. Império Grego (O ventre e os quadris – bronze)
- Representações simbólicas:
O ventre de bronze (Dn. 2:32, 39). “Depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra”. É uma referência ao terceiro império mundial e as conquistas de Alexandre Magno. A grande cidade de Alexandria com sua famosa biblioteca e a construção de um farol na ilha de faros são demonstrações do poder de Alexandre que foi um grande conquistador. Ele ergueu o império grego e fortaleceu suas bases em aproximadamente 13 anos.
- Em sua permanência rápida entre os mortais, podemos destacar ainda que o Império grego contribuiu com intensa participação para a cultura da humanidade em todos os tempos; com a sua língua, e com a sua filosofia e cultura helênica, influenciou povos e raças até os dias de hoje. Devemos levar em consideração a grande contribuição que a língua grega deu para a divulgação do Evangelho e para as Escrituras do Novo Testamento que tem a sua escrita original em grego.
2.6.4. Império Romano (As grandes pernas e os pés – Ferro e Barro)
- Representações simbólicas:
As pernas de ferro (Dn. 2: 32a, 40,41). O quarto império mundial é simbolizado pelas pernas e os pés e representam o império romano em sua fase inicial e final – “O quarto reino será forte como ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará” (Daniel 2:40). Trata-se do Império romano e sua força implacável. Quando Jesus, o Messias Prometido, nasceu em Belém da Judéia (Mateus 2:1), o império romano dominava os povos com tenacidade e força, e suas conquistas foram sangrentas e devastadoras. Ninguém podia suportar a violência do ferro no campo de batalha. Tempos depois, no período da era cristã, o império romano se dividiria em dois seguimentos. Assim, como as pernas são duas, o império romano se transformaria em dois, o império Ocidental e o Império Oriental.
Os pés – “... em parte de ferro, em parte de barro” (Daniel 2: 33). O estado final desta profecia tem seu cumprimento profético voltado para os dias atuais, em que os poderes dominantes estarão reunidos para o desfecho final do poder humano. Um sistema poderoso, porém frágil em seus valores, em sua sustentação política. Esta visão tem associação com a visão do animal terrível e espantoso (“Depois disto, eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres” Daniel 7:7).
Então, os pés e seus dez dedos, diz respeito à última fase do governo humano e anticristão sobre a terra. Os dez dedos, os dez chifres do animal terrível e espantoso, representam os dez líderes mundiais que assumirão o controle político e econômico do mundo em sua busca de um líder mundial. Quando caírem três dos dez chifres, aparecerá um que comandará os destinos de satanás, este é o anticristo (Daniel 7:8). O profeta Daniel foi claro quando explicou o significado do sonho para Nabucodonosor. Os governos humanos passariam, um por um, mas todos eles chegariam ao fim.
- Ressurgimento do Império Romano (Dn. 2: 42-49). Os acontecimentos narrados das civilizações Babilônicos, Medo-persa, Grego e Romano, profetizados por Daniel, tiveram os seus registros nos anais da história tal como o profeta havia previsto. Muitos séculos se passaram até os dias de hoje, e acreditamos que os tempos finais descritos por Daniel tenham chegado. Alguns acontecimentos precisam ficar claros, pois o desenho do mapa político de nossos dias ainda não definiu quem são os dez chifres, o anticristo, o pequeno chifre, ainda não apareceu em sua forma humana, e conseqüentemente ainda não temos os termos do acordo de paz mundial. As Escrituras sagradas evidenciam que o anticristo só aparecerá depois que a revelação de 2ª Tessalonicenses 2:1-12, se cumprir – “... Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém...” Quem o detém? O Espírito Santo de Deus e sua habitação na Igreja. Os salvos serão arrebatados primeiro, depois o anticristo aparecerá para o seu tempo final. Nada pode barrar o cumprimento da vontade de Deus. Lembrem-se da história de Davi e Golias, é Deus que tem o controle de tudo. Ele manifestou o desejo de que o seu Reino fosse estabelecido no coração dos homens por Jesus Cristo de Nazaré, e assim se fez. Esperamos em breve o Reino de Jesus e seu estabelecido no centro da humanidade através do governo visível e terreno de Cristo. O maior desafio para nós os cristãos de hoje, é que a nossa esperança é maior que as nossas dúvidas. A humanidade secularizada tem sua vida dirigida por pressões políticas, sociais, ideológicas e eclesiásticas. Não podemos aderir ao sistema, no entanto, temos uma dívida para com a vida do próximo; precisamos resistir até o fim a todas as pressões satânicas, sem deixar de lado a pregação do Evangelho e o ensino da visão do reino de Deus.
- Os dedos dos pés (Ferro misturado com barro; Dn. 2: 42). As forças do mal que sustentam o anticristo em sua ânsia de poder são frágeis, e em pouco tempo desmoronará. Os dedos têm o mesmo significado dos dez chifres em sua formação inicial.
- Dez chifres (dez reis; Dn. 7:7, 24 e Ap. 17: 12-16). Representam a configuração de forças inimigas, constituídas por dez governantes mundiais liderados pelo anticristo em confrontação a Deus e a seu reino.
- Um pequeno chifre (O blasfemador líder de satanás, o anticristo - Daniel 7:24-25, 8:9-10 e Ap. 13:1). Da formação inicial de dez chifres, três cairão, a fim de que o anticristo tenha total supremacia sobre os demais governantes.
CAPITULO 3
3. O TESTE DE FÉ PARA QUEM SEGUE A DEUS:
Esta sessão do livro de Daniel começa com a decisão do rei Nabucodonosor de criar um sistema de adoração que favorecesse a sua própria glorificação. Ele daria todo o significado do seu próprio entendimento, do que seria para ele, ser a cabeça de ouro de todo o sistema humano sobre a terra, e para que o seu ego sentisse o prazer desta glória, ele mandou construir uma estátua dele mesmo – “O rei Nabucodonosor fez uma IMAGEM de ouro que tinha sessenta côvados de altura e seis de largura; levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia”.
Na história das civilizações os grandes líderes mundiais, tiveram este sentimento da adoração ao imperador, uma espécie de crença pessoal de deificação ou imortalidade. O reconhecimento de todos os súditos, submissão, obediência, fidelidade às leis constituídas não eram suficientes. A imagem do imperador como um deus devia ser respeitado, e quanto mais fosse cultuado, alimentaria as possibilidades dele se tornar um deus imortal entre os homens. Os súditos levavam este tipo de deificação e supremacia absoluta muito a sério.
No entanto, em Israel o sentimento do povo em relação ao culto era contrário às práticas das demais nações da terra. Pensavam como foram ensinados por seus pais, somente Deus, criador dos céus e da terra devia ser adorado. A adoração ao Deus único e verdadeiro, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó os mantinham unidos em uma só fé. Esta foi à postura monoteísta de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, mesmo jovens, mantiveram-se fortes e convictos:
3.1. UMA CONVOCAÇÃO NACIONAL DE ADORAÇÃO:
“Então, o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros, e todos os oficiais das províncias, para que viessem à consagração da imagem que o rei Nabucodonosor tinha levantado” (Daniel 3:1).
Todos deveriam se prostrar diante da imagem de ouro. Que ostentação! Uma estátua de aproximadamente 27 metros de altura, (o que equivalente a um prédio de nove andares!), por 2,70 metros de largura. O ultimato da adoração era para todos os súditos do rei, e também para todos os povos da terra (Daniel 3: 3, 4). Todos estavam em pé diante da estátua, e o arauto anunciava que a celebração devia ser iniciada no momento em que uma sinfonia de instrumentos tocasse em adoração a imagem (Daniel 3:5).
Satanás tem usurpado o propósito para o qual o homem fora criado desde o início da criação. O inimigo de Deus sabe que o homem foi destinado para o louvor da glória de Deus, e que outro tipo de adoração desorganiza a alma humana e frustram as intenções do espírito e da intimidade com Deus. A verdadeira adoração não se limita às circunstâncias humanas. A adoração ao Deus único é muito mais sincera, e muito mais autêntica do que a adoração imposta ou a que foge dos propósitos divinos. A verdadeira adoração está associada ao que cremos e sentimos, à verdade absoluta do Deus verdadeiro e a crença em seus valores éticos e morais.
“Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na fornalha de fogo ardente” (Daniel 3:6).
CAPÍTULO 4
4. O SEGUNDO SONHO DE NABUCODONOSOR:
Vimos no final do capítulo 2, que a interpretação do primeiro sonho do rei Nabucodonosor não o conduziu para mais perto de Deus.
Ø O capítulo 3 mostra-nos como Nabucodonosor desvirtuou o sentido da revelação, mandando fazer uma estátua – semelhante a que foi vista no sonho que ele teve.
Ø No final do capítulo 3 ele, Nabucodonosor, se volta para o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e reconhece a sua autoridade. De certa forma, Nabucodonosor reconhece que a salvação destes homens parte de um Deus Todo Poderoso. Com a experiência dos três companheiros de Daniel, o coração de Nabucodonosor se volta para Deus temporariamente.
4.1. Nabucodonosor proclama o nome de Deus a todas as nações (Dn. 4:1-3): Deus é Todo-poderoso – “Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas maravilhas! O seu reino é reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração” (Daniel 4:2, 3).
4.2. Nabucodonosor revela a visão da grande árvore para Daniel (Dn. 4: 10-18):
- Feliz e tranqüilo estava Nabucodonosor antes da nova investida de Deus em sua vida.
- Humanamente falando, Nabucodonosor tinha muitos motivos para estar satisfeito e despreocupado:
- O império estava em paz.
- Tudo em sua vida prosperava e tudo ia muito bem.
- O sonho de Nabucodonosor mostrava uma cena de paz e bem-estar (Dn. 4:11-12).
4.3. Nabucodonosor ouve a interpretação de Daniel: O rei havia ficado espantado e perturbado com o seu sonho. Mas a impressão que ele causou a Daniel foi ainda mais profunda (Dn. 4:19).
4.4. Nabucodonosor será transformado em animal: Ele ia ser acometido de loucura. Passaria para uma fase em sua vida em que desejaria viver como animal e teria hábitos de um irracional (Dn. 4: 24-25).
4.5. Nabucodonosor ainda seria reerguido por Deus: No tempo em que Nabucodonosor recebeu o juízo merecido de Deus, ele também recebeu a promessa que seu reino seria restituído no tempo oportuno. Deus permitiu que ele soubesse acerca do seu futuro restabelecimento, sem, todavia garantir continuidade no poder por muito tempo. (Dn. 4: 26-27). Deus não só advertiu o rei quanto ao castigo que lhe sobreviria, mas também lhe concedeu um prazo para que ele pudesse arrepender-se. Deus em sua muita misericórdia e em sua maneira de tratar os seres humanos, desde o início, sempre demonstrou amor paterno e longanimidade.
4.5.1. Deus é paciente – Ele concedeu um prazo de um ano para que Nabucodonosor se arrependesse (Daniel 4:29-33).
4.5.2. Deus cumpriu a sua palavra – Pois não se verificou mudança alguma na vida de Nabucodonosor (Daniel 4:29, 30).
4.5.3. Deus é glorificado por Nabucodonosor após sua restauração-(Daniel 4: 34-37).
CAPÍTULO 5
5. O DECLINIO DE UM IMPÉRIO:
A vida nos ensina muito! Os grandes homens da Bíblia nos ensinam as lições que precisamos para viver a vida cristã do nosso dia-a-dia. Um aluno vive para aprender. Um professor existe para ensinar. No entanto, tanto ALUNOS COMO PROFESSORES devem colocar-se na posição de constantes aprendizes; Na escola da vida, tanto aprende o professor, como o aluno. Este é a lição mais preciosa da vida, somos todos alunos. Pensando assim a lição da vida fica mais preciosa e prática. Na vida de Nabucodonosor podemos aprender muitas coisas negativas e positivas. Entretanto, na vida de Belsazar só aprendemos lições negativas. Vejamos:
5.1. A grande festa de Belsazar (Dn. 5:1-4): A festa que Belsazar realizou não era condenável em si mesma se os motivos justificassem a sua realização (Daniel 5:1). Ele como monarca e sucessor de seu pai avô Nabucodonosor, tinha toda liberdade e poder para convidar os seus grandes para uma noite de comemorações. Mas comemorar o quê? Parece que Belsazar não tinha motivos para convidar mil pessoas a um banquete, especialmente convidadas para a ocasião; não se tratava de uma homenagem especial a ninguém, e nem uma conquista no campo de batalha havia acontecido no período de seu reinado que motivasse esta noite de festa. Então, o que estava errado com a festa de Belsazar? O mal consistia no exagero, em apenas agradar e engrandecer a si mesmo. Outro erro de Belsazar tem a ver com o abuso da bebida, o que culminou com a ira de Deus. O descontentamento de Deus para com Belsazar tem a ver com o motivo dele ter menosprezado a sua santidade, representada nos utensílios consagrados ao culto no templo de Jerusalém que Nabucodonosor trouxe juntamente com os exilados de Israel. Quando Belsazar mandou buscar os utensílios da casa de Deus, esta atitude acendeu a ira de Deus (Dn. 5:2-4).
APLICAÇÃO:
- Abusar da bondade de Deus é coisa séria!
- Nadabe e Abiú levaram fogo estranho à casa do senhor e sofreram as conseqüências;
- Saul usurpou o lugar do sacerdote Samuel e teve o seu reinado interrompido.
5.2. A misteriosa escritura na parede: (Dn. 5:5-9):
5.2.1. Dedos apareceram e escreveram algumas palavras:
Ø Silenciosamente como haviam aparecido, desapareceram outra vez. Mas a escrita ficou - “No mesmo instante, aparecerem uns dedos de mão de homem e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo. Esta, pois, é a escritura que se traçou: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM” (Daniel 5:9, 25).
5.2.2. Que confusão isto trouxe ao rei? (Dn. 5:5-6).
5.2.3. Considerações:
- Somente isto causou tanto medo! Pavor!
- E quando ouvirem a sentença de Jesus: “Apartai-vos de mim!”.
5.2. A intervenção da Rainha mãe:
5.3.1. Ela entrou na casa do banquete (Dn. 5:10-12).
5.3.2. Daniel foi introduzido na presença do rei (Dn. 5: 13-17).
5.3.3. A sentença divina sobre Belsazar (Dn. 5: 18-28).
5.3.4. Trágico fim de Belsazar (Dn. 5: 29-31).
CAPÍTULO 6.
6. O TESTE DE UM PROFETA FIEL A DEUS:
Uma nova fase histórica se estabeleceu na terra. Um novo reino com características menos avassaladoras dá início a um período que resultaria na libertação de Israel do cativeiro Babilônico. Entretanto, para Daniel, inimigos se levantariam para acusá-lo de alta traição. O Capítulo 6 começa com o novo monarca o rei Dario, o medo, constituindo sobre o reino cento e vinte governadores provinciais, e sobre eles, três presidentes, dos quais Daniel era um deles – “Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas, que estivessem por o reino”. A Bíblia declara que Daniel se destacou de todos eles, suscitando inveja e maldade em seus adversários.
6.1. PROCURANDO OCASIÃO PARA ACUSAR DANIEL (Daniel 6: 1-9)
Como em toda a história do exílio, desde o início do cativeiro babilônico até os dias dos Medos e Pérsias, Daniel vem se destacando como um referencial de vida devotada a Deus Todo Poderoso. Ele manteve sua fé movida pelo temor ao Deus de Israel através de uma vida inteira dedicada à oração, que o habilitou a ser um exemplo de liderança absoluta para os demais concorrentes de sua época. Daniel possuía uma capacidade especial de superação, motivação e força diante das adversidades. Ele se destaca como um escolhido de Deus, e tem a missão de representar a família hebraica, os legítimos descendentes de Abraão, em todas as instâncias do período exílico – “Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino” (Daniel 6:3). Como resultado desta promoção, a inveja e a maldade se estabeleceram no coração de alguns adversários de Daniel. Contaminados pelo Diabo procuram ocasião para acusá-lo. Não puderam encontrar nenhum desvio de conduta em Daniel que manchasse o seu testemunho, e comprometesse a sua integridade moral. A Escritura Sagrada destaca Daniel como um homem fidedigno – “Porque ele era fiel, e não se achava nele erro nem culpa” (Daniel 6: 4).
- Daniel é um modelo a ser seguido;
- Ele lança um desafio para todos os cristãos;
- Ele é um exemplo de vida para nossa geração;
- Ele se destacou diante de um sistema religioso pagão;
- Sua capacidade tem por finalidade engrandecer o nome de Deus.
Cansados de procurar ocasião para acusarem Daniel sem, no entanto, encontrarem motivos palpáveis, os seus adversários resolveram tramar ciladas contra ele – “Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra Ele na lei do seu Deus. Então, estes presidentes e sátrapas foram juntos ao rei e lhe disseram: Ó rei Dario, vive eternamente” (Daniel 6: 5,6). O acordo de todos os adversários de Daniel foi o de apresentar um projeto de lei que tornasse culpado todo homem que não adorasse somente ao rei Dario. Quando a proposta foi apresentada a Dario, ele imediatamente sancionou o decreto. Que loucura! Todo homem tem um pouco deste sentimento de tornar-se como Deus; uma manifestação de desejo por deificação. Quando o diabo sugeriu a Eva, mulher de Adão, que ela poderia ser como Deus – “Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gênesis 3: 4,5). Ela imediatamente tomou do fruto, e também deu ao seu marido e ambos comeram da árvore proibida. Eles foram enganados. O rei Dario também foi enganado. É verdade, o diabo vem somente para roubar a harmonia dos corações humanos; matar a esperança da vida e destruir a relação com Deus – “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10: 10).
- Deus nos sustenta nos dias da adversidade;
- Deus conhece aqueles que o servem com fidelidade;
- Deus é o nosso juiz e fortaleza nas tribulações da vida;
- As ciladas do diabo não devem enfraquecer a nossa fé;
- Quando os homens se levantarem contra os servos de Deus não serão abalados;
6.2. PROMOVENDO ACUSAÇÕES CONTRA DANIEL (Daniel 6: 10-15)
Quando o sofrimento chegar, o que fazer? Daniel tem muito a nos ensinar quando sofrermos por amor a Cristo. A fé inabalável é aquela que se fortalece em face às circunstâncias. Quando a vida cristã exigir resposta de nossa confiança em Deus, só existe uma decisão a tomar: Caminhar no desafio da fé! Fé no poder que vem do alto, do Deus Todo poderoso. A Vida de Daniel é uma demonstração real de disciplina e devoção, pois sua vida devocional cotidiana revela a sua postura disciplinada. Diariamente ele orava três vezes a Deus – “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer” (Daniel 6: 10). O decreto de Dario valia por espaço de trinta dias. Todavia, para Daniel a interdição não provocou alteração alguma em sua vida de oração. Ele não podia suspender a sua comunhão com Deus. Os inimigos de Daniel estavam cientes disso, de modo que o acusaram de traição na presença do rei Dario – “Então, responderam e disseram ao rei: Esse Daniel, que é dos exilados de Judá, não faz caso de ti, ó rei, nem do interdito que assinaste; antes, três vezes por dia, faz a sua oração” (Daniel 6:13).
Este é o tipo de vida cristã que agrada a Deus. Não podemos sobreviver às ameaças, que tentam minar por todos os lados a nossa fé, sem a verdadeira disciplina da fé. Quando Gideão se viu diante do desafio eminente contra o inimigo, a opressão dos midianitas, ele buscou a vontade de Deus, e ouviu a resposta do Senhor: “Então, se virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?” (Juízes 6: 14). O cristão que corajosamente serve ao Senhor deve:
- Manter-se firme em toda e qualquer situação;
- Não negligenciar a verdadeira adoração.
- Empenhar-se por alcançar a excelência do Espírito Santo;
- Entregar a Deus o direito de justiça;
- Confiar em Deus até a morte o direito por vida eterna.
6.3. PENALIZANDO DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Daniel 6: 16-23)
6.4. PENA CAPITAL CONTRA OS ACUSADORES DE DANIEL (Daniel 6: 24)
6.5. PERMANECENDO PARA SEMPRE COM O DEUS FIEL (Daniel 6: 25-28)
CAPITULO 7
7.O SONHO DE DANIEL E A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS:
Mais uma faceta do poder humano é revelada a Daniel. E nós podemos entender a visão, porque o que aqui é revelado tem a finalidade de alcançar os seguidores de Jesus de Nazaré de todos os tempos. Esta visão de profecias futuras foi revelada a Daniel no primeiro ano do reinado de Belsazar, rei da Babilônia (Dn. 7:1; aproximadamente 552/551 a.C.). Daniel após ter se recolhido em seu leito foi lhe dado a conhecer, novamente, o segredo do poderio humano sobre a terra. O capítulo 7 está intimamente ligado com o capítulo 2 (Dn. 7:2-3).
Os quatro animais representam quatro reinos. O sistema dos reinos humanos é tendencioso e satânico e no decorrer dos tempos continuam cada vez mais perniciosos.
- As tendências das modas;
- Do homossexualismo;
- Do lesbianismo;
- Da religiosidade mística, egocêntrica, nominal e fria;
- A tendência das guerras, da política, da máquina financeira, tendências socialistas sem o temor a Deus, etc.
- A última tendência da época, disse o crítico de cinema Rubens Ewald Filho: “O mundo cinematográfico vive uma nova tendência, a tendência dos filmes de terror e da pornografia”.
Quando Jesus pregava o evangelho do reino anunciava por parábolas: “O reino cós céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada...; e foram várias as comparações que Jesus fez do reino dos céus”. Nesta sessão de Daniel observamos que o autor recebe as visões de Deus em épocas diferentes de sua vida, entretanto algumas de suas visões são mensagens que têm o mesmo conteúdo e identificação, e se referem ao mesmo sistema com símbolos diferentes. Podemos associar, por exemplo, capítulo 2 com o capítulo 7.
7.1.1. Um leão que tinha asas de águia (Daniel 7:4):
O leão é reconhecido como rei dos animais, e a águia com resistência inimaginável, visão apurada, vôo rápido e capaz de atingir alturas superiores às demais aves, é considerada a rainha de sua espécie. Nabucodonosor em seus anos de conquistas levou o império babilônico à supremacia total, devastando todos os seus adversários e reduzindo os a nada. Ele só não conseguiu vencer a sua prepotência e vaidade, que era natural de pessoas com o poder que ele possuía. Por isso, O Deus Todo Poderoso, mostrou a Nabucodonosor que Dele vem à autoridade e o poder, e também reduz o poder quando não submetemos a nossa vida a Ele.
7.1.2. Um leão sem majestade (Daniel 7:4):
“... foram-lhe arrancadas às asas...”: O arrancar das asas evidencia que Nabucodonosor todo poderoso foi destituído de seu poder e passou a viver como um animal. A sua humilhação e metamorfose são descritas no capítulo 4, e Deus tem revelado que o poder e a fama sem a devida finalidade e propósitos divinos, trazem ao homem conseqüências e abatimento.
7.1.2. Um leão reerguido (Daniel 7:4):
“... foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem”. Deus suspende a disciplina imposta a Nabucodonosor e restaura a sua aparência e estado mental de lucidez, devolvendo sua vida humana e lábios que glorificam o nome de Deus. Este castigo aplicado ao rei Nabucodonosor é o mesmo descrito em Daniel 4: 23-37.
7.2. A visão de um animal semelhante a um urso (Daniel 7:5): O segundo império mundial tem sua formação pela fusão de duas potências – os Medos e os Persas se fortaleceram a fim de conquistar Babilônia, que enfraquecida pelo comportamento desastroso de Belsazar, durante a bebedeira patrocinada por ele em uma festa para mil de seus grandes, não puderam resistir os seus invasores. Os conquistadores do Império Babilônico aproveitaram o escurecer do dia, e durante a noite invadiram babilônia, mataram o rei Belsazar e tomaram posse do reino (Daniel 5: 30,31).
7.2.1. Um urso fortalecido em um de seus lados:
Uma associação ao rei Ciro da Pérsia, que se tornou uma referência de força e honra, uma vez que o seu nome fora mencionado nas Escrituras Sagradas como o escolhido para propósitos especiais, antes mesmo de o mesmo chegar ao poder – “que digo de Ciro: Ele é meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz...” (Isaías 44: 28; 2 Crônicas 36:22, 23; Esdras 1:1-8).
7.2.A visão de um animal semelhante a um urso (Daniel 7:5):
7.2.2. Um urso com três costelas entre os dentes:
“Levanta-te, devora muita carne”. Um grande conquistador precisa dominar seus principais inimigos para chegar ao poder, e com os medos-persas não foi diferente, primeiro, Ciro fortaleceu sua unidade conquistando a Lídia e colônias gregas da Ásia Menor e, a seguir, em 539 a.C, enfrentaria o seu adversário principal, os Babilônicos. O sucessor de Ciro, o filho Cambises I (529 a.C. – 522 a.C.), continuou o expansionismo, empreendendo uma expedição persa sobre o Egito, conquistando-o na batalha de Pelusa, em 525 a.C. No Egito, o último faraó Psamético III foi feito prisioneiro e Cambises, reconhecido como o rei sucessor, desenvolvendo uma política sem a tolerância típica da administração de seu pai Ciro. Portanto, as três costelas é uma referência aos povos conquistados: A Lídia, o Egito e a Babilônia.
7.3. A visão de um animal semelhante a um leopardo (Daniel 7:6): Alexandre, o grande, educado pelo sábio grego Aristóteles, no ápice de sua juventude ao começar as suas campanhas militares desbaratou as tropas Persas na batalha de Granico e consolidou seu domínio na Ásia Menor. Ele continuou avançando sobre o Império Persa, estendendo as suas conquistas ao Egito e em seguida até a Índia.
Uma associação às conquistas rápidas e fulminantes de Alexandre, o Grande. O seu Império no início foi extraordinário em extensão e conquistas, mas desintegrou-se logo após a sua morte; uma morte considerada prematura por todos que conhecem a sua história e conquistas.
7.3.2. Um leopardo com quatro cabeças:
As quatro cabeças é uma referência aos quatro principais generais dele, Seleuco, que se estabeleceu na Pérsia; Ptolomeu, que preferiu o Egito; Casssandro, que consolidou suas bases na Macedônia e Lisímaco, com a Ásia e a Trácia. Todos eles o sucederam após sua morte.
CAPITULO 8
8. O PODER HUMANO É NOVAMENTE DERROTADO E SUBSTITUIDO:
O enfraquecimento do sistema imperialista é um fato constatado no decorrer da história da humanidade em todos os tempos. Um poder é sumariamente derrotado e substituído por uma nova ordem conquistadora; é o poderio humano destituído de glória e honra e sucedido por um novo comando de valores e comportamento social. Um Império perde a sua hegemonia para que outro reino supremo faça história e a humanidade prossiga na busca de poder, honra e força.
Podemos confirmar através do capítulo 8 de Daniel, que esta realidade tem levado os homens para o campo de batalha, sem que avaliem as conseqüências de seus atos, mesmo tendo que sacrificar a vida de homens, mulheres e crianças, no intento de seus objetivos e realizações pessoais. O sacrifício entre si torna-se motivo de orgulho e honra. Eliminar o inimigo é uma questão de sobrevivência.
Nos estudos anteriores, aprendemos que as profecias prescritas por Daniel têm se cumprido com exatidão de detalhes em sucessivos acontecimentos. Agora, acerca do domínio de mais um império humano, percebemos que Deus usou a lei da repetição para nos ensinar várias verdades acerca de seus propósitos para com o destino da humanidade e sua sobrevivência na terra. É DEUS quem planeja cada capítulo e comanda pessoalmente cada situação.
- Verificamos o paralelo existente entre o capítulo 7 de Daniel e o capítulo 2.
- Observamos que o estudo dos animais ampliou o nosso conhecimento sobre o império humano na terra.
- O capítulo 8 de Daniel apresenta-nos as mesmas verdades do capítulo 7, levando em consideração outro aspecto da militância desses reinos sobre a terra. Vejamos a abordagem a seguir:
8.1. A visão da luta do carneiro versus o bode peludo (Dn. 8: 1-8):
- Daniel recebe a visão no ano terceiro do reinado de Belsazar (Dn. 8:1), dois anos depois da visão do capítulo 7.
8.1.1. O conteúdo da visão (Dn. 8: 1-3):
- Este capítulo apresenta detalhes referentes ao segundo e ao terceiro Império.
- Quais são eles?
- Os reinos de prata e bronze.
- Os reinos do urso e do leopardo.
- Os principais comandantes destes impérios foram: Império Medo-persa, Ciro, e Império Grego, Alexandre, o grande. Estes são os reinos Medo-Pérsio que dominou após a Babilônia e a Grécia que dominou o Império Medo-pérsio. A Grécia é a Macedônia na história geral.
8.1.2. Ocasião da visão (Dn. 8: 1):
O primeiro império mundial estava perto do seu fim. Belsazar foi o último governante desta monarquia que liderou o Império Babilônico, de 612 a.C. a 539 a.C. Foi durante o reinado de Nabucodonosor que o Império Babilônico viveu o seu apogeu (604 a.C. a 561 a.C.). A visão do bode peludo que Daniel teve aconteceu no reinado de Belsazar, duzentos anos antes, aproximadamente, de cumprida à profecia. O que foi descrito é uma referência à ascensão de Alexandre, o grande ao poder.
- Quando Daniel recebeu esta visão estava na Babilônia, entretanto o seu espírito, no momento da visão, foi levado à cidade de Susã na província de Elão (Dn. 8: 2). Daniel achava-se num estado de espírito de revelação e graça!
8.1.3. O desenvolvimento da visão (Dn. 8: 3-8, 20):
“Levantei os olhos e vi...” O que Daniel contemplou?
- Um carneiro diante do rio (Daniel 8: 3).
- Um carneiro com dois chifres (Daniel 8: 3b); os dois chifres representam o Império Medo-Pérsio (Dn. 8:20) – “Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último” (Daniel 8:3).
- Um carneiro de poder e força (Dn. 8: 4). Entretanto, encontrará um adversário à altura que lhe tirará o domínio.
8.2. A visão do carneiro derrotado pelo bode:
Na mesma visão do capítulo 8, Daniel quando estava observando o desenvolver da cena avistou um bode vindo do ocidente sobre toda a terra, contudo sem tocar no chão (Dn. 8: 5). Este bode peludo é uma referência a Alexandre, o grande que conquistou o Império Persa em 334 a.C.
8.2.1. O que o bode representa? (Dn. 8:21-22):
Daniel, a partir deste momento, passou a presenciar uma grande luta; o mais forte saiu vencendo.
- Alexandre é o grande rei. Com a juventude e a rapidez das quatro asas do leopardo de quatro cabeças, fez com que empreendesse uma grande conquista. No curto espaço de treze anos ele desbaratou todo o domínio Pérsio daquela época, estendendo o seu Império ao Egito, chegando com suas tropas até as margens do rio Indo, na Índia.
- Ele veio do ocidente sobre a face de toda a terra, mas sem tocar no chão (Daniel 8: 5). Uma associação à rapidez, força, auto-suficiência e determinação de Alexandre.
A vitória do bode foi muito grande, a ponto do bode se engrandecer sobremaneira (Dn. 8: 8a). Se Alexandre não tivesse morrido precocemente, aos 33 anos de idade, e seus sucessores tivessem mantido a unidade, poderíamos imaginar que o Império Macedônico teria se expandido muito mais. Portanto, o fracionamento do império de Alexandre e as lutas internas que se seguiram permitiram o enfraquecimento e a possibilidade de conquista romana, que se concretizaria nos séculos II e I a.C.
8.3. A visão dos quatro chifres (Dn. 8: 8):
Na seqüência da visão percebemos que o bode peludo no ápice de sua força e poder tem o grande chifre quebrado e substituindo.
8.3.1. O grande chifre se quebrou:
Isto se referindo à queda de Alexandre, o grande, em 323 a.C. Alexandre é ceifado e seus quatro principais generais o sucedem no poder.
8.3.2. Em seu lugar saíram quatro chifres notáveis (Dn. 8: 8c):
- Macedônia (cujo rei foi Cassandro).
- Trácia e Ásia Menor (reinou Lisímaco).
- Egito (reinou Ptolomeu I, cujos sucessores, os ptolomeus que reinaram de 323 até 330 a.C.).
- Síria (reinou Seleuco, ele reinou na Síria e no restante do oriente próximo, cujos sucessores, os selêucidas, reinaram até 65 a.C.).
Estes foram os quatro generais que sucederam Alexandre. Estes quatro governantes nunca tiveram o mesmo poder de Alexandre, não conseguiram realizar tantas conquistas como o seu antecessor.
8.4. A visão do chifre pequeno (Dn. 8: 9-14):
Dos quatro chifres, surgiu um pequeno chifre que se tornou forte para o lado do sul, para o oriente e para terra gloriosa.
8.4.1. O cumprimento da profecia:
- O pequeno chifre aqui evidenciado, não deve ser confundido com o outro pequeno chifre do capítulo 7:8 de Daniel. Este pequeno chifre não está associado à besta do Apocalipse capítulo 13.
- Esta profecia se cumpriu em 165 a.C. através do histórico Antíoco Epifânio, que veio da Síria.
- Ele se tornou um rei muito forte e poderoso (Dn. 8: 10,11).
- A sua maldade atingiu até o exército dos céus.
- Ele perseguiu os judeus e profanou o templo em Jerusalém.
8.4.2. Qual foi a sua maldade? (Dn. 8: 9-12, 23):
- Personagem de fisionomia feroz.
- Perseguiu os Judeus;
- Profanou o templo de Jerusalém;
- Profanou o lugar do sacrifício.
Esta predição se cumpriu durante a feroz perseguição de Antíoco Epifânio aos Judeus, e na profanação do santuário em Jerusalém, ele violentou as leis de Santidade e purificação, matando os sacerdotes do Senhor e oferecendo no altar em sacrifício um animal imundo, um porco.
8.4.3. Grande em poder Dn. (8: 24):
- Causará grandes destruições;
- Prosperará e fará o que lhe aprouver;
- Destruirá os poderosos e o povo santo de Deus.
- O poder alcançado por ele será através do preço de vidas humanas, inclusive do povo santo (Dn. 8: 25-27).
8.4.4. Entendido em intrigas (Dn. 8: 25):
- Astuto em seus empreendimentos;
- Insolente: capaz de interpretar a vontade de satanás;
- Mente dotada de inteligência e engano (Dn. 8: 12).
- Ele terá uma grande capacidade, tanto para o mal quanto para o bem disfarçado em lábios enganadores.
8.5. A profecia das duas mil e trezentas tardes e manhãs:
(Daniel 8: 13-19, 26,27):
Daniel desejou entender o significado da visão e sua relação com o seu povo. Gabriel veio, como enviado de Deus, para iluminar Daniel acerca do futuro da nação Judaica. Então, veio da parte de Deus uma voz que bradou e disse: Gabriel, explique a Daniel que esta visão se refere ao tempo do fim. A revelação anunciada a Daniel tem a ver com o programa de Deus para toda a humanidade em seu desfecho histórico. Nos tempos finais, os acontecimentos revelados se cumprirão dentro da ordem apresentada a Daniel. Portanto, o rei Antíoco Epifânio da Síria, personagem da antiguidade, que é visto como um ser cruel, egocêntrico e desumano é somente um tipo do anticristo em sua investida contra os seguidores da liberdade e dos decretos de Deus. Ele não é o anticristo do final dos tempos, embora, tenha sido um instrumento de satanás para a perseguição da nação Judaica (171 a.C. até 165 a.C.). No período em que reinou na Síria, estendeu o seu domínio e se fortaleceu para o sul, o Egito; para o leste do oriente, a Síria; e para a terra gloriosa, a nação de Israel (Daniel 8:9). O aparecimento do iníquo nos finais dos tempos se dará mediante falsa aliança de paz com a nação Israelense no início dos sete anos, e a profanação do templo na metade da septuagésima semana da grande tribulação.
8.5.1. O tempo da transgressão assoladora (Daniel 8: 13). No período histórico de Antíoco Epifânio, o templo de Jerusalém foi profanado por ele. Este é “o pequeno chifre” oriundo dos quatro chifres que sucederam Alexandre, o grande, no Império Grego (Daniel 8:8, 9). Este pequeno chifre do capítulo 8, não deve ser confundido com o outro chifre descrito por Daniel no capítulo 7:8, o qual se refere ao anticristo e o tempo do fim. Neste tempo deve se cumprir a visão do costumado sacrifício, e da transgressão assoladora, visão na qual era entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados pelos gentios sob o comando do anticristo (Apocalipse 11:1, 2). Este tempo de eminente transgressão é narrado na visão do capítulo 7:25 de Daniel como: “... um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. Um tempo de sete anos dividido em dois períodos de três anos e meio. Historicamente, o templo nunca foi purificado em definitivo. Quando Judas Macabeu derrotou os exércitos de Antíoco Epifânio, ele celebrou a purificação do templo e restaurou a adoração a Deus, entretanto não foi definitivo. Este dia pode ter sido importante para a história do povo Judeu, mas não existe nenhuma confirmação Bíblica deste acontecimento. Quando Jesus reafirmou a profecia de Daniel acerca do abominável da desolação (Mateus 24:15), Ele estava se referindo aos tempos do fim da grande tribulação. Neste tempo final, Jesus, o Messias fará a purificação definitiva do templo sagrado de Jerusalém.
8.5.2. O tempo do fim (Daniel 8:17). Esta é uma visão surpreendente, na qual precisamos compreender o que foi revelado a Daniel. O tempo do fim se refere ao final da perseguição de Antíoco Epifânio ao povo Judeu, ou ao final dos tempos, quando a ira de Deus deve se manifestar? Tanto do ponto de vista profético como do ponto de vista histórico, esta revelação tem seu contexto previsto para o fim dos tempos da história do povo de Daniel. Esta profecia não tem relação alguma com a Igreja em seu programa eclesiástico de todos os tempos.
8.5.3. O tempo da ira (Daniel 8:19): O tempo da manifestação da ira de Deus é futuro, tem a mesma conotação de Daniel 12:4 – “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará”. Este é o real entendimento da visão, pois Deus revelou a Daniel que este tempo se refere a dias futuros – A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes (Daniel 8:26).
8.5.4. O tempo do fim e seus principais acontecimentos históricos:
Jesus nos convida ao aprendizado quando ensinou sobre a parábola da figueira: “Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovarem e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas Palavras não passarão. (Mateus 24:32-35)”.
- 1948 - A criação do Estado de Israel. O marco inicial para as principais conquistas da nação Judaica no território determinado para a formação do Estado de Israel, veio mediante a decisão da ONU (Organização das Nações Unidas). A Assembléia Geral decidiu em 29 de novembro de 1947. Com base na decisão da ONU, o líder Judeu David Bem Gurion proclamou a criação do Estado Israelense em maio de 1948. A partir desta data, milhares de Judeus de todas as partes do mundo imigraram para o Estado novo de Israel.
- 1949 - A 1ª Guerra Árabe-Israelense. Os confrontos para ampliação do território Israelense aconteceram em meio a conflitos armados entre Judeus e Árabes.
- 1956 - A 2ª Guerra Árabe-Israelense. Na Guerra de Suez, Israel estende ainda mais o seu território, que era apenas de 57% na região.
- 1967 - A 3ª Guerra Árabe-Israelense. A Guerra dos seis dias conferiu a Israel a vitória e a ocupação de Gaza, Sinai, Colinas de Golan e Cisjordânia, ampliando ainda mais o seu território.
- 1973 - A 4ª Guerra Árabe-Israelense (Guerra do Yom Kippur – O dia do perdão).
- 1979 - O acordo de Camp David (Anuar Sadat e Menahem Begin assinam o acordo). No acordo estava prescrito que Israel devolveria o Sinai para o Egito.
- 1993 - A tentativa de acordo de paz frustrada: A paz de Washington, assinada por Rabin e Arafat, num ensaio de pacificação para a região em conflito, não foi possível. O acordo de falsa paz, só deve acontecer no início da grande tribulação, após o arrebatamento da Igreja, santificada, adornada e pronta para as bodas do Cordeiro de Deus. A aliança de paz se dará mediante um pacto forjado para que o anticristo se estabeleça como principal mediador diante da opinião pública, e como o único comandante capaz de resolver os principais problemas da humanidade. Este acordo de paz entre a Nação Judaica e seus principais inimigos, será totalmente rompido pelo anticristo na metade da septuagésima semana de Daniel.
8.6. O Antíoco Epifânio é um tipo do anticristo:
Sua investida contra Cristo, e sua crueldade e o desprezo para com os seguidores de Jesus, são características básicas de Satanás. Ao seu caráter moral são acrescentados astúcia, maldade e engano com uma opinião muito elevada de si mesmo, isto é, egocentrismo e individualidade são características absolutas de sua personalidade.
8.6.1. Vai se opor contra os príncipes dos príncipes:
- Esta será feita de maneira mais direta.
8.6.2. A queda do anticristo:
- Jesus Cristo deverá vencê-lo sem a ajuda humana.
- Esta visão que contemplaste é verdadeira (Dn. 8: 26).
8.7. O que foi visto aqui não é motivo para desânimo (Dn. 8: 27):
8.7.1. Levantai-me;
8.7.2. Tratai dos negócios do rei.
CONCLUSÃO: A palavra do Senhor nos ensina que devemos trabalhar enquanto é tempo porque noite vem, e não será possível fazer mais nada.
APLICAÇÃO:
- Devemos tomar o exemplo de Daniel;
- Devemos observar cuidadosamente a exortação de Paulo aos tessalonicenses.
CAPITULO 9
9. O FUTURO DA NAÇÃO ISRAERLITA:
9.1. Daniel era um estudante aplicado – Daniel 9:2
- Compreendia o contexto dos livros históricos (Dn. 9: 2);
- Conhecia as Profecias Bíblicas (Jeremias 25: 11; 29:10).
9.2. Daniel buscou ao Senhor de todo coração – Daniel 9:3
- Com Oração (Dn. 9: 3-5).
- Confissão e reconhecimento dos pecados cometidos!
· E não demos ouvidos aos teus servos, os profetas (Dn. 9: 6).
- Com Súplicas:
· Reconhecimento da justiça de Deus (Dn. 9: 7,8).
· Reconhecimento da misericórdia de Deus (Dn. 9: 9-16).
- Com Jejuns - Se humilhou diante de Deus com pano de saco e cinza (Dn. 9:3).
9.3. Daniel orou ao Senhor assim:
- Com Convicção Absoluta – “Agora, pois...” (Dn. 9: 17).
- Com Objetividade – “Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve...” (Dn. 9: 18).
- Com Humildade - “Ó Senhor, ouve; ó Senhor perdoa; ó Senhor atende-nos e age...” (Dn. 9: 19).
9.4. Daniel é respondido por Deus: (Daniel 9: 20-27)
- Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre Jerusalém.
- É de quatrocentos e noventa anos o período da profecia Bíblica de (490 Anos – Levíticos 25:8, nos ensina a matemática).
CAPÍTULO 10
10. UM EXEMPLO PARA A IGREJA DE HOJE:
10.1. A quem a Palavra foi revelada? (Daniel 10:1):
- A Daniel
- A Todos quantos o Senhor desejar!
10.2. A autenticidade da revelação – “A Palavra é verdadeira”
- Sua origem – Da parte de Deus.
10.3. O conteúdo da revelação - “Envolvia grande conflito!”.
10.4. A compreensão da revelação:
- Ao alcance de todos!
- Daniel entendeu a Palavra e teve a inteligência da visão.
10.5. A identificação de Daniel com os valores de Jesus:
- Sua consagração – “Durante três semanas” (Daniel10: 2,3).
- Sua visão - Clara e verdadeira! (10: 4-6).
10.6. A fé e devoção de Daniel:
- Seu temor a Deus (Dn. 10: 10,11).
- Sua disposição para entender o sentido da visão (Dn. 10: 12,13).
- Sua visão tem a ver com os últimos dias (Dn. 10:14).
CAPÍTULO 11
11. OS REINOS DO MUNDO ESTÃO NO CONTROLE DE DEUS:
- CONFLITOS ENTRE PTOLOMEUS (SUL) E SELEUCÍDAS (NORTE).
11.1. O REINO DA PÉRSIA NA VISÃO DE DANIEL:
11.2. O REINO DA PÉRSIA E SEUS QUATRO PRINCIPAIS REIS:
- CIRO (530-536. a.C.)
- CAMBISES (529 a 522 a.C.)
- SMERDIS (522 a 521 a.C.)
- DARIO I (521 a 486 a.C.)
11.3. O REINO GREGO E SUAS PRINCIPAIS DIVISÕES:
CAPÍTULO 12
12. OS ACONTECIMENTOS FINAIS DA HISTÓRIA HUNAMA:
- ASSUNTO: A GRANDE TRIBULAÇÃO - O TEMPO DO FIM!
12.1. Tempo de angústia (Daniel 12: 1)
- Confirmado por Jesus - “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mateus 24: 21).
- Configurado com a presença do anticristo no mundo - “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)” (Mateus 24: 15); (Dn. 9: 27; 11: 31; 12: 1).
- Clímax do sistema satânico do anticristo - Culminará com a maior perseguição aos judeus em todos os tempos. “Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado” (Mateus 24: 16-20).
12.2. Tempo de Salvação:
- A libertação dos eleitos – Neste tempo será salvo o povo de Daniel.
- A confirmação da eleição – Todo aquele que for achado inscrito no livro.
- A ressurreição dos eleitos – “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Dn. 12:2).
12. 3. Tempo de Santificação:
- Para sabedoria (Dn. 12: 3).
- Para obediência (Dn. 12:4).
· Daniel em obediência selou o livro!
· João em obediência, séculos depois, desvenda a profecia: “Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo. Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Ap. 22: 10-12).
- Para o cumprimento da glória de Deus (Daniel 12: 5-13).